A Pumpkin falou com Sissi Martins, a portuguesa que dá voz à Bela na versão portuguesa d'A Bela e o Monstro, que estreia nas salas de cinema no próximo dia 16 de Março. A atriz e cantora contou-nos tudo sobre este filme mágico!
“A Bela e o Monstro” é um filme que pertence ao nosso imaginário, e que provavelmente marcou a história a sua infância. Como é que se lida com a emoção de se ser escolhido para fazer parte de uma produção desta dimensão?
Lida-se dando o máximo de nós próprios! Neste tipo de situações em que estamos muito gratos por fazer parte de uma produção e felizes por fazer um papel que sempre “brincamos” em criança, temos de dar o nosso melhor e dedicarmo-nos ao trabalho que nos deram, e aproveitando esta enorme e feliz proposta tentar ser o mais profissional possível e responder a todos os obstáculos! Que não foram muitos uma vez que tive o Carlos Macedo a dirigir-me e a ajudar em tudo o que foi possível para fazer desta Bela o mais nossa possível.
É um sonho tornado real poder dar voz a uma das mais carismáticas personagens do universo Disney?
Claro que sim!! Qual a menina da minha geração que não tenha visto o filme centenas de vezes e feito a caderneta com os cromos todos?!
Eu sou do teatro musical e já tinha uma paixão gigante por Alan Menken quem escreveu a música da Bela e já tinha conhecimento que estavam a fazer da animação um filme de imagem real, quando soube da possibilidade de fazer um casting para este papel fiquei muito feliz! Ter conseguido este papel foi muito especial!
Dar vida a um personagem através da voz requer mais preparação? Esta dobragem pressupõe um trabalho adicional, visto que a sua voz acompanha não um desenho animado mas uma pessoa real.
Claro que sim, na animação é mais fácil poder brincar com a voz, não temos de nos preocupar com as respirações do boneco, aqui em imagem real as coisas são mais complicadas…há todo um universo que temos de controlar, não só os momentos de respiração mas as emoções de uma pessoa real são mais difíceis de acompanhar. Também no nosso dia a dia temos que controlar o que fazemos com a voz pois há a responsabilidade de não nos cansarmos, para não perder a limpeza vocal que nesta personagem existe!

Este é um filme para toda a família? Quais são as maiores diferenças que pode apontar à versão animada e a esta que agora estreia?
A verdade! Na animação nós acreditamos mais facilmente no amor entre a Bela e o Monstro, mas ao passar para a realidade essa ligação tem de ser mais honesta! Não é só “mostrar uma sala cheia de livros, ou dançar dentro de um palácio”, é preciso que os espectadores a assistir acreditem que existe mesmo amor! Nesta versão existem cenas novas um pouco para dar mais essa ideia da realidade humana.
É um filme importante para transmitir às crianças mensagens relacionadas com o valor de cada pessoa, muito acima dos julgamentos em relação à sua aparência física?
Claro que sim, este filme tem o poder de nos mostrar que é possível aprender a amar com os olhos do coração, passa a mensagem de que as relações familiares são muito importantes, mostra o impacto que o bullying pode ter em alguém, aborda a homossexualidade pela primeira vez bastante explícita num personagem… A Disney mostra vontade de ajudar a que acabe de vez qualquer tipo de racismo ou homofobia. O filme promove mesmo o acreditar na magia, às vezes precisamos de viver um pouco este imaginário para se ser mais feliz.
Que opinião tem sobre a renitência que o público ainda sente em relação às versões dobradas dos filmes? Qual é a mais valia de assistir à versão portuguesa e não à original?
A versão portuguesa é para toda a família, os mais pequenos poderem desfrutar de uma ida ao cinema com os pais e avós sem o problema de legendagem ou do Inglês, e ao mesmo tempo estão a motivar o trabalho dos nossos atores em Portugal.
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