Como promover as relações familiares em paz com as tecnologias?
No mundo actual, onde a falta de tempo impera, o mundo electrónico assumiu uma posição de destaque. A Psicóloga Clínica Liliana Rocha fala-nos sobre a dificuldade de gerir as relações familiares num contexto cada vez mais tecnológico.
A família comum idolatra o iphone/smartphone, internet, televisão, deixando as conversas entre familiares empobrecida, muitas das vezes quase inexistente. A tecnologia “aproxima” quem está longe e distancia/negligencia quem está perto. Quantas são as famílias que preferem, agarrados ao telemóvel, falar com os “estranhos” ao invés de se falarem?
O espaço para jogos tradicionais perde-se no tempo, aqueles que criavam ligações e memórias entre os membros da família.
Nem sempre é fácil substituir o conveniente, o fácil e o que está a um “click” de distância para manter as crianças ocupadas, enquanto os adultos respiram após um longo e stressante dia de trabalho. Só que nesse tempo em que estão “entretidos” perde-se muito afecto, muita comunicação e laços são destruídos dando lugar a um vazio que posteriormente se traduz em comportamentos disruptivos, quer para as crianças, quer para os adultos.
Para tudo isto evitar, porque não fazerem mais actividades juntos, regatando as brincadeiras da infância dos pais, num tempo em que não havia aparelhos electrónicos e os jogos simples, tradicionais assumiam um valor que se está a perder, mas que deixaram tão boas memórias. Porque não esquecer um pouco o frio e ir até ao parque ir andar de bicicleta, todos juntos? Educar não custa dinheiro e mais importante que prendas caras, o afecto e a presença dos pais é o maior tesouro, a maior herança que os pais podem deixar.
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