Todos os miúdos adoravam ter um animal de estimação, mas por norma não têm consciência de que é preciso dedicar tempo e muito amor ao novo membro da família. Depois do livro “O meu cão e eu”, chegou agora o “O meu gato e eu”, um ótimo apoio para que miúdos e graúdos tomem esta decisão de uma forma responsável.
Quantas vezes os vossos filhos já vos pediram para ter um gato, sem terem noção do que isso implica? E quantos de nós já cedemos, acabando por cair em cima de nós todo o trabalho que o gato dá? Este texto que apresentamos em seguida, o primeiro capítulo do novo livro de Joana Pereira, “O meu gato e eu”, ajuda pais e filhos a fazer uma escolha.
“Decidir ter um animal de estimação não deve ser uma escolha tomada de ânimo leve uma vez que isso implica um compromisso que muitas pessoas não estão preparadas para assumir. Mas é sem dúvida uma aposta numa vida com mais companhia!
Arranjar um gato é levarmos para casa, mais do que um animal de estimação, um companheiro de casa. Ele vai precisar de ter o seu espaço, os seus momentos a sós, a sua privacidade…mas vai ser também um fabuloso companheiro de brincadeiras, ágil e habilidoso, aventureiro mas astuto, sendo ao mesmo tempo capaz de proporcionar os momentos de carinho e mimo mais deliciosos que se pode desejar, e que à primeira impressão parecem impensáveis numa criatura tão altiva.
Os gatos passam uma imagem de perfeição, de uma segurança inabalável, passando por vezes até por “convencidos”, mas são dos animais mais maravilhosos que há! Com eles, tudo deve ser “negociado”: temos de os levar a crer de que a maneira como queremos que eles façam as coisas é, efetivamente, a MELHOR maneira. Precisam de ser conquistados e não dominados. Devemos ganhar-lhes o respeito, em vez de nos impormos à força. É aqui que reside o maior desafio de termos um gato: o percebermos que deve haver uma cohabitação saudável, não uma eterna luta pelo poder.
Se os levarmos a bem, sem stresses, gritos nem frustrações, habilitamos-nos a ganhar um amigo para toda a vida, daqueles que nos dão a “turrinha” certa, no momento certo, que nos animam quando estamos mais em baixo, que são capazes dos gestos mais generosos sem pedir nada em troca.
Basta conseguirmos controlar os nosso impulsos mais básicos e que nos dizem que “o homem domina o animal” – coisa nada fácil, certo? Mas é por isso mesmo que nem todas as pessoas são felizes com um gato, da mesma forma que nem todos os gatos são felizes com qualquer pessoa – é uma relação que se constrói dia-a-dia, que não deve ser tomada como dado adquirido, mas para a qual tem de se trabalhar!
Vantagens de ter um gato
Para já não falar dos tão afamados efeitos terapêuticos e anti-stress do pelo do gato (fazer-lhe festinhas acalma realmente e de forma muito eficaz!), há toda uma série de vantagens em escolher um felino como animal de estimação:
â Dão muito pouco trabalho, pois são extremamente independentes e, se algo não está como eles querem, têm maneiras muito próprias para o comunicar;
â São muito asseados, tanto no que toca ao fazer das necessidades como na auto-higiene do pelo, patas e focinho;
â Como são geralmente animais de pequeno porte, adaptam-se facilmente à vida num apartamento;
â Como gostam de ir petiscando ao longo do dia, os horários das refeições podem ser algo flexíveis;
â Sendo mais pequenos, pode dizer-se que são também proporcionalmente mais económicos: as quantidades de comida, as doses dos medicamentos, dos desparasitantes…tende a ser tudo mais em conta!
â Proporcionam horas e horas de diversão garantida com as suas brincadeiras patetas e são um aquecedor de pés e mãos extremamente eficaz nos dias frios de Inverno!”
O livro “O meu gato e eu” é um guia perfeito para as crianças que querem aprender a cuidar do seu gato na perfeição… mas também uma imensa ajuda para os papás!
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