Todos os miúdos adoravam ter um animal de estimação, mas por norma não têm consciência de que é preciso dedicar tempo e muito amor ao novo membro da família. O livro “O meu cão e eu” é um ótimo apoio para que miúdos e graúdos tomem esta decisão de uma forma responsável.
Quantas vezes os vossos filhos já vos pediram para ter um cão, sem terem noção do que isso implica? E quantos de nós já cederam, acabando por cair em cima de nós todo o trabalho que o cão dá? Para quem ainda está renitente, mostrem este texto aos vossos filhos.
“Estás preparado para ter um cão? Tens de ter a certeza!
Adoptar um cão é arranjar um amigo para a vida. Ele vai ser o companheiro mais leal, compreensivo e dedicado que alguma vez terás, o melhor parceiro de aventuras. Ele vai gostar de ti acima de todas as coisas, dar-te as boas vindas quando chegas a casa, seguir-te até ao fim do mundo e perdoar-te todos os dias maus e rezingões, lamber-te as lágrimas e ficar quieto ao teu colo quando apenas precisares de um abraço.
Ele passa a ser mais um elemento da tua família, que partilha as vossas rotinas e deve ser incluído nelas – os passeios, exercício, dar de comer, pentear o pêlo e levá-lo ao médico – são todos os cuidados que tens de ter com ele. Por vezes também se portam mal, fazem disparates ou estão mal dispostos – e nessas alturas também temos de ter paciência (tal como ele tem para nós) e perder tempo a educá-lo, corrigi-lo e perdoá-lo – é um ser vivo, em constante crescimento e aprendizagem, também tem direito a ter dias menos bons!
E é natural que fique doente de vez em quando e que envelheça: deves fazer tudo ao teu alcance para que fique melhor e esteja o mais confortável possível em todas as fases da sua vida.
E é preciso não esquecer: ele precisa que cuidemos dele!
Fornecer-lhe uma alimentação equilibrada, acesso aos melhores cuidados de saúde, exercício e brincadeira (connosco e com outros animais) na forma e quantidade apropriada, disponibilizar-lhe as instalações adequadas para que possa descansar, são apenas alguns dos factores que contribuem para seja um cão feliz.
Reúne a tua família e responde a estas 3 perguntas:
1. Temos tempo?
Os cães são animais sociais e altamente dependentes, carentes de atenção e de estímulos. Se o vosso estilo de vida implica passarem pouco tempo em casa, fazendo com que passe muitas horas sozinho, então um cão pode não ser o animal de estimação ideal.
Se, por outro lado, procuram uma desculpa para passarem mais tempo no exterior, a fazer atividades ao ar livre, como exercício, corrida e piqueniques, então o companheiro canino e o seus passeios diários é o complemento ideal para a vossa rotina de vida saudável! É preciso contarem com, pelo menos, 3 passeios diários (de 15-30 minutos) e ainda cerca de 1-2 horas/dia para brincar com ele, dar-lhe mimos e limpar algumas coisas como o sítio onde ele dorme e onde come, por exemplo.
2. Temos espaço?
Se vivem num apartamento, deverão confirmar primeiro se o condomínio permite a ter um animal de estimação (embora esta proibição não seja muito comum em Portugal). Se têm espaço exterior, a que ele terá acesso, convém certificarem-se de que não há coisas ou plantas a que tenha acesso, que possa estragar ou que lhe possam fazer mal.
Depois, têm que adequar o espaço que existe ao tamanho e nível de atividade dele. Por exemplo: não faz muito sentido (e é mesmo uma receita para o desastre!), terem um cão tão grande e pesado como um São Bernardo num apartamento pequeno, ou um Border collie com o qual não podem correr cerca de 5-10 km todos os dias…
E não esquecer: mesmo um cão que tenha jardim ou quintal deve passear todos os dias, para gastar energias e fortalecer a relação com os donos!
3. Podemos suportar esta despesa?
As despesas com um cão são geralmente proporcionais ao tamanho deste – comida, medicamentos, banhos, etc, serão tanto mais dispendiosos quanto maior for o cão.
Quanto aos cuidados de saúde, as maiores despesas tendem a ocorrer no primeiro ano de vida (as primeiras vacinas, colocação do microchip, esterilização/castração), entrando depois num período mais calmo durante a chamada idade adulta (excepto se acontecer algum imprevisto) e voltando depois a aumentar quando o vosso companheiro envelhece, pois nessas idades é mais provável que fique doente.
É importante avaliarem se conseguem assegurar o bem-estar e felicidade dele durante TODA a vida.
Se responderam que sim a todas as perguntas, PARABÉNS! Estão preparados para ter um cão!“
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