Javier Urra: “Privar os nossos filhos do jogo social pode provocar-lhes uma patologia” - Pumpkin.pt

Javier Urra: “Privar os nossos filhos do jogo social pode provocar-lhes uma patologia”

Javier Urra Entrevista

O psicólogo infantil analisa os benefícios e a necessidade de “brincar de verdade” face à invasão dos ecrãs. A campanha ‘Volta a brincar’ da Imaginarium estimula as crianças a retomar o hábito do jogo social e das experiências reais.

Brincar é essencial para o desenvolvimento integral da criança. O que aconteceria se uma criança não brincasse durante a sua infância? “Sofreria uma patologia”, declara, convencido, Javier Urra, o reconhecido psicólogo infantil e antigo Defensor do Menor a Comunidade de Madrid, a respeito do problema da perda do hábito de brincar de maneira tradicional, isto é, vivendo experiencias reais e utilizando todos os sentidos.

Assinalando o Dia Mundial da Criança, que se celebra a 20 de novembro (dia em que foi assinada a Declaração Universal dos Direitos da Criança, em 1959) a Imaginarium e Javier Urra apresentaram em Saragoça, Espanha, a campanha ‘Volta a Brincar’.

“Brincar permite submetermo-nos a regras, permite à criança ganhar ou perder, algo que é parte fundamental da vida” explicou Javier Urra durante a apresentação. “A vida é um jogo e é brincando que se aprende a viver” acrescentou Urra. De acordo com o psicólogo infantil, “impedir que uma criança brinque constitui um mau trato irreversível”. Prosseguindo, Javier Urra afirmou que “a criança é o presente e o adulto é o que resta dessa criança, porque são a esperança, a brincadeira e o entusiasmo que nos permitem ser felizes”.

A propósito deste assunto, Javier Urra explica que “a brincadeira física e social influi de maneira decisiva no crescimento mental e emocional já que traz uma grande felicidade e sensação de bem-estar à criança, assim como vários benefícios para a sua saúde física. Aumenta a flexibilidade e a força e melhora a sua qualidade de vida tanto ao nível da alimentação como do sono”.

Nos últimos anos, as crianças vivem cada vez mais rodeadas de ecrãs que oferecem uma enorme quantidade de informação e estímulos. No entanto, também são estimuladas pelo facto de brincarem, como acontecia com as gerações anteriores?

Será que um jogo digital é capaz de lhes trazer a mesma felicidade e diversão que um jogo real ou social?

A sociedade de hoje impele tanto pais como filhos à utilização constante de ecrãs e dispositivos móveis, por isso é mais urgente que nunca equilibrar o uso da tecnologia com experiências reais e físicas em todos os aspetos da vida, tanto para crianças como para adultos. Relativamente a este ponto, Javier Urra defende que “não se facilite o autismo relacional oferecendo apenas jogos digitais ou videojogos” já que dessa forma estaremos a privar os nossos filhos “da diversão e estímulo saudável e natural do jogo social e sensorial assim como das experiências reais e tangíveis, necessárias a um desenvolvimento completo”.

A prioridade dos pais é que os filhos sejam felizes

Vários estudos concluíram que os pais só desejam que os seus filhos “sejam felizes”. Ao contrário de outras gerações, os pais de hoje não aspiram prioritariamente a que os seus filhos tenham grandes profissões ou riquezas, mas sim que sejam felizes desfrutando da sua infância, como eles fizeram, e que se tornem adultos felizes. Para além disso, os pais de hoje estão cada vez mais consciencializados acerca da importância de equilibrar o tempo que os seus filhos dedicam aos ecrãs e aquele que dedicam ao jogo real, já que ambas atividades comportam aspetos positivos.

A Imaginarium esteve desde sempre atenta às necessidades que pais e filhos têm na nossa sociedade para aproveitar ao máximo a infância, sendo cúmplice dos pais nesta exigente tarefa. Assim como há alguns anos a preocupação fundamental dos pais era a educação dos seus filhos, hoje em dia as mudanças de hábitos na sociedade tornam necessário que a Imaginarium ofereça jogos e ideias que facilitem o desligar dos ecrãs de maneira fácil e divertida ajudando-os a equilibrar o tempo dedicado a cada atividade. Por isso, a marca aposta por jogos sensoriais que nos permitam tocar, ver, sentir e viver a vida com todos os sentidos, tendo, consequentemente, uma infância mais feliz. Resumindo: crianças alegres, pais felizes.

Durante a apresentação, Félix A. Tena, Diretor Geral da Imaginarium, acrescentou que “os brinquedos que fazem as crianças rir às gargalhadas, são aqueles que os fazem desfrutar com todos os sentidos: os que os fazem mexer-se, saltar, correr e exprimir-se.

Estes momentos de jogo real são vivências que deixam uma marca nas crianças, e fazem com que sejam pessoas mais felizes e sociais, agora e no futuro”.

Volta a brincar com a Imaginarium!

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