Peça de Teatro Portátil por Isabel Fernandes Pinto.
“Nestes desenhos estou eu no meu jardim”, diz Alberto Carneiro. É-nos difícil criar sobre um criador e essa segunda natureza que é a sua obra. Ele não quereria, com certeza, que o imitássemos.
Mas o seu trabalho é tão sensível e provocatório que não podemos deixar de ensaiar os seus gestos. Não podemos deixar de lhe agradecer – ainda que ele não quisesse, claro está – ou, pelo menos, de fechar os olhos e crer que aprendemos a sentir o que ele sentiu, como ele sentiu.
“A arte é o artista e também o espectador”. Que sejamos atravessados, no instante infinito do teatro, pela sua obra.
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