A Pumpkin visitou as Galerias Romanas de Lisboa e conta-vos tudo sobre esta experiência única!
Já se imaginaram a percorrer corredores no subsolo da Baixa de Lisboa? É possível, duas vezes por ano – por enquanto, já que está prevista a abertura definitiva das Galerias Romanas da Rua da Prata no final de 2020!
As Galerias foram descobertas em 1771, na sequência do Terramoto de 1755, e guardam muitos segredos da ocupação romana em Portugal. A Pumpkin teve a sorte de as conhecer – as inscrições são, atualmente, limitadas a 3000 visitantes por abertura – e conta-vos tudo!
A história das Galerias Romanas da Rua da Prata

As galerias romanas de Lisboa são uma estrutura arquitetónica construída na época da ocupação romana em Portugal. Ou seja, têm mais de 2000 anos!
Durante o governo do imperador Augusto, entre os séculos I a.C. e I d.C., estas extensas galerias, localizadas no subsolo da Rua da Prata e da Rua da Conceição, e que se estendem até à Praça do Comércio, na baixa pombalina, foram construídas como fundação do antigo Forum da cidade de Olisipo – uma grande praça pública onde funcionava o mercado, o centro de negócios da Lisboa romana.
Os especialistas assumem que esta estrutura funcionava como criptopórtico, ou seja, uma plataforma horizontal que dava suporte à construção de edifícios de grandes dimensões em zonas de declive e pouca estabilidade geológica.
O criptopórtico foi descoberto em 1771, quando Manuel José Ribeiro construia o seu prédio na Rua da Prata (hoje do número 57 ao 63), um projeto integrante no plano de reconstrução da cidade de Lisboa após o devastador terramoto de 1755.
A experiência da Pumpkin nas Galerias Romanas da Rua da Prata
À hora combinada, encontrámo-nos com os técnicos do Museu da Cidade que nos guiaram na nossa visita às galerias romanas.
A abertura das galerias obrigava ao corte do trânsito num largo troço da Rua da Conceição – exceto para o elétrico 28 – e se inicialmente não percebíamos porquê, depressa se tornou claro: a entrada das galerias, junto ao número 77, está localizada, literalmente, no meio da estrada.

A descida pelo alçapão, não sendo demorada, exige alguma atenção, porque os degraus são pequenos e apertados, pelo que não aconselhamos fazer a visita com crianças pequenas. Também pode fazer sentido levarem calçado resistente à chuva; a água que inunda as galerias é retirada pelos bombeiros municipais de forma a permitir a visita em grupo, durante três dias, mas o chão continua naturalmente húmido.
Atualmente podem ser visitadas oito galerias, que se estendem ao longo de cerca de 40 metros, em linha reta. As visitas duram cerca de 20 minutos e prometem muitas surpresas através das escuras, algo sombrias e misteriosas, galerias milenares.
Adorámos percorrê-las livremente com a supervisão dos técnicos, que, atenciosos e muito documentados, nos explicaram a utilidade, descoberta e atual funcionamento e gestão das Galerias Romanas de Lisboa.
Para quem gosta de aventura, passeios diferentes e História… esta é a visita ideal!
Como visitar as Galerias Romanas da Rua da Prata

Até 2019, as Galerias Romanas de Lisboa abriam as portas ao público duas vezes por ano: em abril e em setembro.
Neste momento, está a ser criado um Centro Interpretativo com entrada acessível a todos pela Rua da Prata. O Criptopórtico Romano de Lisboa vai poder ser desfrutado sem filas, nem dias contados, a partir de finais de 2020.
Acompanhem a página do Museu de Lisboa no Facebook para serem os primeiros a saber quando vai acontecer a próxima reabertura das galerias.
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