Preparados para entrar no universo Pixar? Na nova exposição do Pavilhão do Conhecimento vamos descobrir como são produzidos os filmes de animação mais queridos do público!
Em A Ciência da Pixar, entramos nos bastidores dos processos de produção dos filmes, explorando a ciência e a tecnologia por detrás de filmes como Toy Story , Monstros e Companhia , À Procura de Nemo , ou o mais recente sucesso de bilheteira, Divertida-Mente .
Criada pelo Museum of Science de Boston e pela Pixar Animation Studios, a nova exposição do Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva está organizada em oito áreas, com mais de 50 módulos interativos.
Preparados para entrar no universo Pixar? “Para o Infinito e Mais Além!”
A família Pumpkin já visitou a exposição e adorou! Na verdade, gostámos tanto que já voltámos: há muito para ver e experimentar, e descobrimos sempre novas coisas.
Depois de visitar a exposição, vemos os filmes de animação de outra forma: reparamos nos detalhes dos cabelos, da interpretação e e até pensamos quanto tempo terá levado para fazer o rendering daquele filme!
É uma exposição que vale a pena para todas as idades: os mais pequenos vão adorar os modelos dos seus personagens preferidos e os mais velhos vão perder-se com os módulos interativos e com os vídeos da equipa da Pixar a falar da sua experiência na produção dos filme. Um programa giríssimo para a quadra natalícia!
A Ciência da Pixar: o que vamos descobrir no Pavilhão do Conhecimento?
Todos os filmes da Pixar passam por diferentes etapas – o chamado “pipeline” da produção de um filme de animação Pixar:
História e Arte
Tudo começa com os argumentistas e os artistas que criam a história e o conceito artístico. Criam storyboards, que são esboços das várias cenas e transmitem a história do filme. Estes storyboards permitem ajustar o enredo, o ritmo e até os ângulos da câmara.
A partir da história e da criação dos personagens, desenvolvem-se esculturas ou maquetes para conceber as personagens 3D.


Modelação
A partir das maquetes das personagens criadas, é hora de transformá-las em modelos 3D virtuais, que representam o volume com uma malha poligonal virtual.
Bem-vindos ao mundo da modelação! O Buzz Lightyear dá as boas-vindas a esta primeira área da exposição. Aproveitem para tirar selfies com esta celebridade, e ponham as vossas competências de modelação à prova.

Nesta área podem ver diferentes maquetes, e ver um filme sobre os bastidores de Toy Story, para perceber como foi criada a personagem Lotso, a partir da sua escultura.
Os artistas de modelação usam coordenadas para converter a forma dos personagens em números – cada ponto no espaço pode ser definido por três números.
É interessante perceber como se cruza a ciência com a animação!

Nesta área podem também criar diferentes tipos de robôs, como os do filme WALL-E: com 4 braços, 5 cabeças e 7 pernas é possível criar 140 robôs diferentes!
Rigging

Na área de animação de esqueleto (Rigging), podemos descobrir como os animadores de esqueleto (riggers) criam os ossos , as articulações e os músculos (rigs) dos modelos 3D virtuais das personagens. É quase como observar uma marioneta com milhares de fios.
Nesta área, para percebermos como funciona a animação de esqueleto, temos várias estações interativas, onde podemos selecionar diferentes animações de esqueleto para animar alguns dos nossos personagens preferidos, como o Wall-E ou a mulher elástica.
Numa das estações que mais gostámos podemos criar diferentes expressões faciais na Jessie do Toy Story 2, ajustando as pálpebras, sobrancelhas e pupilas para criar diferentes emoções!

Superfícies
Após a criação dos modelos 3D virtuais, os artistas de superfícies constroem o seu aspeto visual através de programas de computador.
Os programas criam as cores, padrões e texturas que determinam o aspeto visual da animação 3D.
Nesta área da exposição podemos descobrir como alterar o aspeto visual de uma esfera – com poucas ferramentas conseguimos muitos visuais diferentes.


Na área de Superfícies, que começa no interior da garagem do filme Carros, podemos também simular como tornar um objeto novo ou velho, limpo ou sujo, brilhante ou baço, e perceber como essas variações determinam o aspeto final.
Afinal, é assim que o McQueen fica tão diferentes do seu amigo Mate.
Cenários e Câmaras
Diferentes cenários provocam diferentes contextos e emoções e o posicionamento da câmara virtual determina como vemos e vivemos cada cena.
Os designers de cenários constroem ambientes virtuais – nesta área da exposição podemos experimentar por exemplo como desenhar um cenário do filme Monstros e Companhia.
Podemos ver também como programar variedade natural nos cenários, ajustando parâmetros para criar um campo de relva.

Nesta área da exposição vemos também como as câmaras nos indicam para onde olhar, através da focagem e do campo de visão – é engraçado ver as diferenças aplicadas ao filme WALL-E.
Gostámos muito de ver os artistas de Uma Vida de Inseto explicarem como o posicionamento da câmara faz a diferença neste filme.

Podemos até experimentar o ponto de vista do inseto, entrando num dos cenários do filme Uma Vida de Inseto e observar, usando as câmaras presentes, o relvado, as folhas ou as árvores do ponto de vista de um inseto.
Animação
Os artistas de animação dão vida à história, colocando as personagens a representar cada uma das cenas. A linguagem corporal e as expressões transmitem a sua personalidade e emoções.
Nesta área podemos dar vida às personagens de Os Incríveis e fazê-las representar cada cena!


Com a ajuda da Matemática, os animadores criam posições-chave para cada personagem ou objeto, que marcam as principais posições num movimento. Depois, com a ajuda de programas de computador, criam todas as posições intermédias, que tornam o movimento mais fluido e realista.
Na estação de Animação Digital, será que conseguem fazer o Mike do filme Monstros e Companhia acenar?
Simulação
Os diretores técnicos de simulação usam programas para criar efeitos e para mover o cabelo e a roupa de forma a dar credibilidade às cenas.
Nesta estação podemos ver o efeito da simulação no movimento dos caracóis da Merida e da água de um regato do filme Brave.

Tal como os artistas de simulação, podemos também pôr os nossos conhecimentos de Física à prova, ajustando o número de peixes de um cardume no filme Nemo, a distância a que se encontram uns dos outros e a direção para que nadam. Depois é só cantarolar, “basta nadar, basta nadar…”.
Iluminação

O design de iluminação, e a aplicação das sombras e luz ajudam-nos a focar na ação principal.
Nesta área da exposição podemos recriar os efeitos de luz que observamos num corpo físico, virtualmente e ver como fica diferente a cena da Dory no fundo do mar com diferentes tons de iluminação.
Os designers de iluminação iluminam cada cena para realçar a história e acentuar o impacto emocional. A iluminação final altera a atmosfera de toda a cena.
Uma simples mudança na cor da luz pode alterar completamente o ambiente na cena de um filme.
Nesta estação podemos ajustar as luzes virtuais na sala de estar do Carl do filme Up: Altamente! e escolher a energia que queremos dar à personagem.
É desta forma que no filme podemos ter um ambiente mais alegre, com luz amarela-alaranjada ou um ambiente calmo e contemplativo, através de luz azul.

Renderização
A renderização é o passo final da produção da animação, e é como chegar à imagem final do filme e responder 1,5 milhões de vezes à pergunta: “De que cor é este pixel?”. A cor de cada pixel (shading) é calculada durante este processo de geração da imagem, que pode levar muito tempo!
Quanto mais pormenor (ou pixéis) tiver um determinado filme, mais tempo leva a renderizar. Nesta área da exposição podemos ver quanto mais tempo leva esta etapa, quanto maior for o detalhe e nitidez da imagem final, para o filme Coco e Divertida-mente.

A não perder: o pipeline da Pixar
Em jeito de conclusão, podemos ver todas etapas da produção de um filme, aplicados ao filme Luca, e particularmente à animação da Giulia – vale mesmo a pena porque percebemos como tudo o que vimos, experimentámos e aprendemos se encaixa.
Em conjunto com as estações com vídeos da equipa Pixar, foi das nossas secções preferidas – guardem tempo para ver com calma… ou voltem mais vezes!


Informações úteis sobre a exposição A Ciência da Pixar no Pavilhão do Conhecimentos
Podem visitar a exposição A Ciência da Pixar até 14 de setembro de 2025.
Horário
- 3ª a 6ª | 10:00-18:00
- Fins de semana | 10:00-19:00
- Feriados | 10:00-19:00
- Encerra à 2ª feira
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