Assimetria craniana: o capacete para bebé resolve? - Pumpkin.pt

Assimetria craniana: o capacete para bebé resolve?

capacete para bebé

A síndrome da cabeça achatada ou assimetria craniana, conhecida ainda como plagiocefalia posicional, é uma condição muito comum entre os bebés.

Este síndrome pode acontecer por muitos motivos – e quase sempre se trata recorrendo a um amoroso capacete para bebé. Parece assustador, mas não é!

Nos Estados Unidos, onde existem estudos sobre a patologia, as estatísticas indicam que esta atinja cerca de 13% das crianças. A assimetria pode ser observada ao nascimento, principalmente se falarmos de gémeos, mas também pode ser provocada pelo uso de fórceps.

No entanto, os bebés que não nascem com nenhuma assimetria podem vir, mais tarde, a sofrer dela, já que outra causa comum para o seu aparecimento está relacionada com os longos períodos de tempo em que um recém-nascido fica deitado na mesma posição. Normalmente, de barriga para cima.

O crânio de um bebé é composto por placas móveis. Essa mobilidade é necessária para permitir que a criança passe pelo corpo da mãe durante o parto, além de permitir o crescimento do cérebro da criança. Quando o bebé fica muito tempo na mesma posição, as placas não se movimentam na região apoiada, fazendo com que a cabeça da criança fique plana. 

Prevenir a assimetria craniana

Foi publicado, na revista científica norte-americana Pediatrics, um artigo com dicas para prevenir o síndrome da cabeça achatada. 

– Idealmente, o bebé deve passar pelo menos 30 minutos por dia de barriga para baixo. O ideal é aumentarem o tempo aos poucos, já que inicialmente pode ser uma posição desconfortável para o bebé, de forma a que a criança desenvolva os músculos do pescoço e da nuca. Enquanto o bebé estiver acordado, brinquem com ele na posição de bruços, mas tenham atenção: é extremamente perigoso deixar o bebé nesta posição sem supervisão, pois há risco de sufocamento e morte súbita, daí não ser recomendável que o bebé durma de barriga para baixo. 

– Variem o campo campo de visão do bebé e ofereçam novos estímulos para que a criança olhe em diferentes posições. Podem fazer isto até no berço, deitando-o para dormir ora virado para a esquerda, ora para a direita. 

– O apoio de cabeça das cadeirinhas de transporte é duro e o seu uso continuado pode provocar o desenvolvimento da assimetria, por isso, nos primeiros seis meses, é recomendado que o bebé só esteja na cadeirinha durante percursos automóveis. 

– Tentem variar a posição do bebé durante a amamentação. Na grande maioria dos casos, o reposicionamento é suficiente para evitar o achatamento. 

Embora não se associe a assimetria a problemas cerebrais, os especialistas alertam para algumas consequências graves, sobretudo a torção da estrutura crânio-facial, que pode alterar a posição dos olhos (falta de visão), boca (existem vários problemas dentários associados) e orelhas (otites constantes). 

A assimetria não tratada pode provocar ainda graves problemas psicológicos associados ao bullying e à baixa auto-estima. 

A boa notícia é que, até aos seis meses, o problema é facilmente revertido.

Tratamento da assimetria craniana: capacete para bebé

Uma das causas da assimetria é o torcicolo congénito, que é a tendência da criança de ficar com a cabeça virada sempre para o mesmo lado. 

Em muitos casos, basta forçar o bebé a virar-se para o lado contrário, estimulá-lo a olhar para outras direções e fortalecer os músculos do pescoço. Essas medidas podem ser suficientes para que o crânio volte ao formato normal. Já nos casos em que a assimetria permanece, o tratamento indicado é a órtese. 

Paula Strawn, Lazardo Art e o capacete para bebé mais fofo do mundo

Órtese é o nome técnico para se referir a um “capacete para bebé”. Existem duas categorias gerais: as órteses cranianas de remodelação e de protecção.

As órteses de remodelação craniana têm como objetivo redireccionar o crescimento craniano e aumentar/devolver a simetria aos lactentes – são estes os “capacete para bebé” adequados para tratar a assimetria craniana.

A criança deve usar o capacete por um período de 23h durante o dia. A duração do tratamento depende da idade do bebé no início do tratamento, da gravidade e do tipo de assimetria, mas não costuma ser inferior a 3 meses nem superior a 6.

O capacete precisa de ser periodicamente ajustado entre a cada 2, 3 ou 4 semanas. Num geral, o bebé adapta-se bastante bem, ficando completamente confortável com uso do “capacete para bebé” em 15 dias. Será o pediatra quem melhor indicará os modelos e marcas recomendadas para o problema da abobrinha, visto cada caso ser um caso.

Em teoria, ainda assim, a utilização deste capacete não tem efeito significativo após os 2 anos de idade, pelo que idealmente deve ser prescrito no primeiro ano de vida.

De forma a tornar o período de uso (três meses) mais divertido e diminuir a estranheza diante de um bebé que usa o equipamento, Paula Strawn resolveu pintar os capacetes.

A ideia surgiu quando uma amiga da artista disse estar preocupada com as reações das pessoas ao sair de casa com o seu bebé. Depois de ver o resultado neste primeiro projeto, o pediatra da criança encorajou a artista a investir nessa atividade. Em doze anos, Paula pintou mais de 2300 capacetes e também algumas próteses para pernas. 

Paula usa tinta não-tóxica e que os capacetes são comprados pelos pais de acordo com a orientação do pediatra e do fabricante. O motivo da pintura é sempre escolhido em conjunto com os pais, que podem ter em casa um super herói, uma princesa de coroa, um aviador… A imaginação é o limite. 

Para ver mais trabalhos, visite a página da artista no Facebook. São amorosos e a prova de que é possível enfrentar qualquer problema com alegria, boa disposição e positividade. 

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