A segurança rodoviária infantil é um assunto que deve interessar a todos os que, diariamente, transportam crianças. Conheçam as regras essenciais.
Um dos principais elementos para garantir a segurança rodoviária infantil são as cadeiras para automóvel, destinadas ao transporte de bebés e de crianças. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 50% a 80% das lesões em crianças, decorrentes de acidentes de carro, podem ser prevenidas, se forem usadas cadeiras-auto.
Para isso é necessário que a cadeira seja apropriada à idade da criança e esteja corretamente instalada no automóvel. Conheçam quais os cuidados a ter para uma segurança rodoviária infantil bem sucedida.
Segurança rodoviária infantil durante a gravidez
Podemos considerar que a segurança rodoviária infantil começa ainda durante a gestação, quando a mulher está grávida. Neste sentido, as gestantes devem usar cinto de segurança sempre que se deslocam de carro, independentemente de estarem ou não no lugar do condutor.
É importante colocarem o cinto de segurança adequadamente, ou seja, garantirem que ele fica abaixo do ventre, na zona pélvica, de modo a não fazer pressão na barriga. Já a faixa frontal ou diagonal deve passar pelo meio do ombro e por entre as mamas, rodeando a barriga, sem passar sobre ela.
Na reta final da gravidez e caso a barriga seja bastante volumosa, a condução pode não ser tão recomendada, principalmente se o ventre ficar muito próximo do volante. Em caso de deslocações longas, é aconselhável fazer várias paragens para a grávida descansar e caminhar.
Segurança rodoviária infantil: as cadeiras-auto
A lei portuguesa determina que as cadeiras-auto sejam usadas até as crianças terem 12 anos de idade ou 1,35m de altura. Por isso, no momento de escolher e comprar a cadeira-auto, é fundamental considerar o peso e a altura da criança e, também, verificar se a cadeira possui a etiqueta de homologação ECE R44/04 ou ECE R129.
Instalar e fixar
Para garantir a máxima segurança rodoviária infantil, é não só necessário possuir uma cadeira-auto, como fixá-la adequadamente. As cadeiras mais recentes, com sistema ISOFIX, permitem uma instalação mais fácil e correta, sendo por isso uma boa opção para quem vai agora adquirir uma cadeira-auto.
É ainda importante acrescentar que, idealmente, as cadeiras-auto devem ser colocadas nos lugares traseiros do automóvel. Caso a cadeira tenha de ser instalada no banco da frente do carro, então o airbag frontal deve ser desativado.
Viagens longas com bebés e crianças
Apesar de, muitas vezes, as crianças adormecerem durante as viagens longas, é essencial fazer pausas durante as mesmas e permitir que as crianças saiam um pouco do carro e caminhem.
Sobretudo durante o verão, é preciso estar atento, pois a cadeira pode favorecer a transpiração do bebé. Logo, fazer paragens ao longo da viagem é sempre recomendável.
Recém-nascidos
Já à saída da Maternidade, o recém-nascido deve ser transportado numa cadeira, posteriormente instalada no automóvel.
Geralmente conhecida como ovinho ou babycoque, esta cadeira é facilmente removível e, por isso, permite transportar o bebé dentro e fora do carro, enquanto ele é pequeno.
Esta cadeira deve ser usada, pelo menos, até aos 12 meses da criança, por oferecer mais segurança, ao permitir o transporte do bebé de costas. A nova norma R129 (I-Size) defende que os bebés até aos 15 meses de idade devem ser transportados de costas, adiantando que esta é a forma mais segura de viajar, pelo menos até aos 4 anos de idade.
Crianças com mais de 4 anos de idade
A partir dos 4 anos de idade ou dos 18 kg de peso, as crianças podem ser transportadas numa cadeira sem arnês e voltada para a frente. Nestas cadeiras, o cinto de segurança do automóvel passa à frente da criança, prendendo-a a ela e à cadeira.
Contudo, a mudança para esta cadeira não é obrigatória, desde que a cadeira que a criança use se adeque ao seu peso; o seu cinto fique à altura do ombro; a cabeça tenha apoio; e não haja folga na fixação ao carro.
Além destas medidas essenciais para garantir a segurança rodoviária infantil, é também importante que os pais sejam um bom exemplo para as crianças.
Assim, se os cuidadores da criança usarem sempre o cinto de segurança, respeitarem os sinais de trânsito e fizerem uma condução defensiva, é mais provável que as crianças repliquem esses modelos e contribuam para uma maior segurança rodoviária infantil.
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