Regra número um: Ter calma!
As nossas avós já diziam, com alguma razão: nunca ninguém passou fome com um prato de comida à frente. Por isso, respirem, e saibam o que fazer quando o bebé não quer comer!
Entre o primeiro e o terceiro ano de vida, as crianças experimentam um crescimento muito rápido, em peso e altura, que abranda por volta dos dois anos. Durante este período, as necessidades nutricionais adaptam-se ao ritmo de desenvolvimento dos bebés, existindo por isso uma natural diminuição do apetite.
Este fenómeno é conhecido como anorexia fisiológica e não é preocupante. Nestes casos, os especialistas aconselham a não forçar a criança a comer mais do que a quantidade pela qual a criança manifesta interesse ou vontade.
Há práticas a evitar quando o bebé não quer comer:
Não obrigue o seu filho a comer “só a carninha”, não proponha trocas de compensação – “se comeres tudo dou-te um chupa-chupa” -, nem entre em conflitos desnecessários, que vão apenas criar ansiedade na criança, e em si, a cada refeição.
Os pais acreditam que as crianças estão a comer pouco, principalmente se comparando com o seu próprio histórico, quando na verdade elas estão, simplesmente, a comer de acordo com as necessidades nutricionais da sua idade.
E se a criança se recusar a comer, sempre?
A origem da “falta de apetite” da criança pode também ser comportamental e estar relacionada com a dinâmica familiar. Se a criança perceber que, ao recusar alguns alimentos, os pais acabam a oferecer-lhe os seus favoritos, é natural entrar constantemente em jogos de desafio.
É errado assumir que uma criança não gosta de determinado alimento por tê-lo recusado uma vez. Os pediatras recomendam que volte a oferecer o mesmo alimento, cozinhado ou apresentado de forma distinta, para educar o paladar da criança.
Se depois de oferecer o mesmo alimento algumas vezes, e o seu bebé mantiver a recusa, então é provável que não aprecie mesmo o seu sabor.
Ainda bem. Se gostássemos todos de azul… uma vez mais, a regra está em não forçar. Imagine que o obrigavam a comer o prato que mais odeia.
Como é que reagiria? Exatamente…
O que fazer, então?
É importante, claro, não ceder a birras, oferecer a maior variedade de alimentos desde o início da alimentação complementar, não fugir para as refeições preferidas da criança “por exaustão”, e respeitar os horários da família o mais possível.
No entanto, se, por exemplo, a criança não quiser comer no momento e pedir para jantar mais tarde, permita que o faça. Sem tablets, e sentada à mesa, para que a “falta de apetite” não possa ser alimentada por outras distrações, mas respeitando também as necessidades que a criança manifesta.
Pode ser que estejam a fazer intervalos demasiado curtos entre refeições, ou que a criança vá “petiscando” umas bolachas entre o lanche e o jantar.
Se analisar as vossas rotinas, encontrará certamente um horário em que estejam, já todos, com vontade de se sentar à mesa para dividirem juntos uma refeição saborosa e feliz.
Temos dez dicas rápidas para ajudar a criança a comer melhor:
– O estômago da sua abobrinha é pequeno. Ofereça quantidades pequenas de comida. É preferível que elas peçam mais, se tiverem vontade.
– Voltamos a reforçar: não obrigue a abobrinha a comer. Não a recompense também. Estas atitudes criam uma relação pouco equilibrada com a comida.
– Respeite o gosto da criança. Todos temos preferências. Se já tiver oferecido o mesmo ingrediente várias vezes e a criança continua a recusar, não force.
– Não permita “petiscos”. Os horários e intervalos entre as refeições devem ser cumpridos.
– Envolva as crianças na preparação das refeições. Deixe-as ajudar, quando possível e com todo o cuidado necessário. O sentimento de pertença e de utilidade são grandes incentivos quando nos sentamos à mesa.
– Elogie a criança sempre que ela demonstra vontade ou interesse em experimentar um prato/ingrediente novo.
– O momento da refeição deve ser tranquilo e vivido em família. Evitem a televisão, os tablets, e apreciem um bom prato juntos.
– Seja um bom exemplo e faça refeições variadas e equilibradas. Mais do que aquilo que lhes dizemos para fazer, as crianças funcionam por imitação. Acompanhe-os, coma os mesmos pratos do que eles,
– Criatividade é tudo: evite a monotonia alimentar, para que a criança não perca o interesse na comida. Nunca ofereça duas vezes seguidas o mesmo prato, tentando pelo menos que um dos alimentos seja novo. Os olhos também comem.
– Deixe a criança explorar a comida com as mãos. É importante para o seu desenvolvimento e interesse nos alimentos.
É importante oferecer alternativas saborosas e saudáveis desde muito cedo, estimulando o paladar da criança e permitindo-lhe que conheça uma boa variedade de alimentos, sem descurar as suas necessidades nutricionais. Aposte numa alimentação variada e equilibrada.
Beber leite é também um hábito que deve manter, ao pequeno-almoço, ao lanche, e até antes de dormir.
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