A partir dos 6 meses, o bebé está preparado para alargar horizontes. Vamos falar sobre a diversificação alimentar?
A vida de um bebé é um constante ciclo de novas descobertas! Os sons, as luzes, os outros – tudo é surpreendente e, às vezes, assustador. Neste carrossel de emoções, os seis meses guardam uma nova aventura: a da diversificação alimentar.
O bebé está exclusivamente habituado ao sabor do leite (materno ou de fórmula), e, de repente, são-lhe oferecidos novos sabores, texturas e cores! Quais, quando, como? Que alimentos podem ser oferecidos ao bebé? Como e criar, desde cedo, uma rotina de alimentação saudável?
Preparámos um “manual de instruções para a diversificação alimentar” de forma a garantir que a vossa abobrinha desfruta desta nova fase com um sorriso na cara.
É necessário assegurarem-se de que a transição é feita com o cuidado e o tempo necessários, com a recomendação e conselho do profissional de saúde assistente, com muita paciência e sem forçar, partindo sempre da ideia de que a mudança pode ser um desafio para o bebé.
A importância da diversificação alimentar
Além de garantir o equilíbrio nutricional após os seis meses de vida, a alimentação complementar oferece à criança nutrientes essenciais ao crescimento, que complementam os já existentes no leite materno.
A diversificação alimentar ajuda ao treino e ao desenvolvimento das capacidades de mastigação e de deglutição. Em conjunto com o nascimento dos dentes, este é um passo muito importante para a autonomia futura do bebé, além de ser o momento em que o paladar começa a ser educado para as preferências e rejeições futuras.
Qual o primeiro alimento a introduzir?
Alguns profissionais de saúde recomendam que a primeira refeição complementar de um bebé seja uma papa de cereais sem glúten, porque oferecem muita energia, têm ferro, são facilmente digeridas e por norma bem aceites. Outros pediatras preferem introduzir primeiro a sopa, já que o sabor é menos doce, e evitar assim o risco de rejeição pós-papinhas.
Aconselhem-se com o especialista que acompanha a vossa abobrinha antes de tomar uma decisão, mas tenham em mente que qualquer que seja a vossa escolha, devem tentar oferecer o alimento na colher e não no biberão.
Como escolher as primeiras papas?
É grande a variedade de papas à venda no mercado, mas não todas têm na sua produção consideração por valores fundamentais para a saúde do seu bebé.
Um relatório da American Heart Association (Associação Americana do Coração) sublinhou que as crianças com menos de 2 anos não devem consumir qualquer fonte de açúcar processado.
Como preparar as primeiras sopas?
A primeira sopa do bebé deve obedecer à “regra dos três”: ingredientes e dias. Depois deste intervalo de tempo, a metodologia torna-se simples, e vai-se introduzindo um novo legume a cada nova sopa, para testar possíveis intolerâncias ou rejeições.
Escolham legumes como a batata, a abóbora (o nosso favorito!) ou a cenoura para os primeiros purés, e adicionem depois a alface, a couve branca ou os brócolos.
Deixem legumes como a beterraba, com um sabor mais forte, para mais tarde. E não adicionem sal – só um fio de azeite cru já no prato.
E a fruta, os lacticíneos e a carne?
A partir dos seis meses, podem também começar a oferecer fruta ao vosso bebé, sempre perfeitamente esmagada para que a criança consiga engolir sem dificuldades e não corra o risco de asfixiar. Purés de banana e de pêra são ótimas opções para começar.
A introdução de peixe deve iniciar-se, tal como a da carne, a partir do 6º ou 7º mês de vida – vejam com o vosso profissional de saúde quando e que tipos devem introduzir primeiro.
E agora? O que faço ao leite materno?
As recomendações da Organização Mundial de Saúde vão no sentido de se manter a amamentação até aos dois anos, pelo que, se possível, devem continuar a oferecer o peito.
Os alimentos que o bebé vai explorar são ricos em nutrientes que o ajudarão a crescer de forma saudável, mas nenhuma refeição é tão benéfica para a sua saúde como o leite materno.
Outras recomendações:
Se o bebé rejeitar algum sabor, não desesperem nem insistam – não no mesmo dia, pelo menos. Experimentem oferecer novamente o mesmo puré no dia seguinte e lembrem-se de que as novas experiências podem provocar algum desconforto inicial ao bebé, que como todos necessita de algum tempo de adaptação a diferentes realidades.
Devem igualmente começar a oferecer pequenas quantidades de água.
Respeitem sempre as indicações do médico pediatra, as quantidades sugeridas pelos profissionais de saúde e as instruções dos produtos. Devem ter em atenção que as quantidades variam consoante o peso do bebé e a continuidade ou não da amamentação.
A introdução da alimentação complementar é um processo que deve ser feito com o cuidado e tempo necessários, não devendo por isso ser negligenciada nenhuma etapa.
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