Há pegadas de dinossauros em Portugal - Pumpkin.pt

Há pegadas de dinossauros em Portugal

Há pegadas dinossauros Portugal

Levem as abobrinhas a ver as pegadas de Dinossauros  que estão expostas no Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire.

O Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire situa-se perto de Fátima e é parte integrante no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiro.

Foi aberto ao público em 1997 e, em 2002, foi criado o Jardim Jurássico, que tem como objetivo mostrar aos visitantes plantas atuais de grupos botânicos característicos no Mesozóico, a “Era dos Dinossauros”.

Por lá podem encontrar também um importante registo fóssil do período jurássico: as pegadas de dinossauros Saurópodes podem ser observados em cerca de 20 trilhos ou pistas, uma delas com 147m e outro com 142m. Estas pegadas conservaram-se na laje calcária ao longo de 175 milhões de anos. Uau!

Mas quem sãos os saurópodes?

Saurópode - Pegadas de dinossauro em Portugal

Imagem: Futura Planète

Os saurópodes eram animais possantes, herbívoros, quadrupedes, de cabeça pequena, e cauda e pescoço compridos. A cauda possivelmente servia para se defenderem dos predadores, e o pescoço ajudaria a manter o equilíbrio.

 

Blog Viajar em Família foi atrás das pegadas de dinossauros na Serra de Aire e a autora conta a experiência da família por lá:

É considerado o maior e mais antigo trilho de pegadas de dinossauros do mundo e está aberto para visitas no Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire.

Mas convém afinal esclarecer, são dinossáurios ou dinossauros?

Lá no Monumento Natural responderam-me que está correcto das duas formas. Então, e já que posso escolher, prefiro dinossauros!

O troço foi descoberto há cerca de 20 anos, quando se faziam trabalhos numa pedreira e alguém se apercebeu que existiam enormes depressões no terreno, que seriam então depois classificados como trilhos nítidos e repetidos de pés e mãos de gigantes dinossauros (talvez com cerca de 30 metros de comprimento e 20 toneladas de peso).

Com esta visita, ficámos também a saber que as marcas terão ficado agarradas ao solo porque na altura se tratava de uma zona pantanosa e já que as pegadas (ao contrário dos ossos) são como um molde da realidade tornam-se extremamente importantes para se conhecer melhor o comportamento e a forma como viviam estes animais.

Pegadas de dinossauros

Os anos passaram e diferentes camadas de solo foram sendo acumuladas, ajudando assim a conservar estes vestígios que estiveram tanto tempo escondidos debaixo da rocha, até serem descobertas com as escavações da pedreira.

Hoje, por influência dos diversos movimentos a que já foi sujeito o nosso planeta, o terreno encontra-se inclinado mas nem sempre terá sido assim.

Este parque natural fica num dos extremos das Serras de Aire e Candeeiros, num lugar calmo e bonito, a cerca de 7 km de Fátima (há sinais de trânsito grandes e castanhos desde o centro da cidade). E, confesso, que quando chegámos tive mesmo a sensação de estarmos num lugar imponente, assim como que num lugar mágico, guardião de um qualquer tesouro super importante!

A visita por lá está dividida em duas partes:

  • Primeiro, a exibição de um filme com um pouco mais de 15 minutos. As imagens datam da época em que se fez a descoberta das pegadas na pedreira e depois seguem-se outras informações gerais sobre os dinossauros e o seu repentino e misterioso desaparecimento do planeta Terra.
  • Depois, o passeio pelo terreno. E se aparecerem às 10h30, 11h30, 15h30 ou 16h30 e existir no mínimo um grupo de 6 pessoas, podem ter a oportunidade de ingressar numa visita guiada.

Gostei do filme, da paisagem, dos trilhos, do pequeno jardim com fósseis e até do painel ilustrado que vai desde o Precâmbrico à época Actual.

Só não gostei de ver o aspecto pouco cuidado e até quase deserto do parque. Fico decepcionada quando vejo locais assim destes tão preciosos, com tanta relevância histórica, serem tão pouco mimados (esta partilha será o meu contributo para vos aguçar a curiosidade e conseguir até alguma divulgação do local).

Saibam que os acessos são bons desde Fátima, tenham só em conta que o passeio a pé faz-se por subidas e descidas, escadas e terra batida. Ou seja, carrinhos de bebé são para esquecer e é preciso usar calçado confortável.

Uma outra recomendação, como a visita se faz num descampado sem sombras nem qualquer outro apoio logístico, evitem as horas de maior calor e vão prevenidos com água de forma a tornar tudo muito mais fácil e confortável.

Reservem cerca de uma hora para o passeio e aproveitem para apreciar a paisagem em redor que é mesmo bonita e majestosa. E usufruam desta oportunidade única de conseguirem viajar no tempo!

Visitem o Blog Viajar em Família para mais sugestões giras. Podem seguir também a sua página de Facebook.

Mais informações sobre o Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire:

Qual o horário de funcionamento do Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire?

O Parque está aberto de terça a domingo.

Durante os meses de Verão, este parque natural não encerra às segundas-feiras como habitualmente e está aberto até às 20h.

Quais são os preços do Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire?

  • Adultos: 3 euros.
  • Crianças (até 12 anos): 2 euros.
  • Bebés: grátis.

Como chegar ao Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire?

O Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire fica em Ourém. As localidades de referência para uma aproximação mais fácil são Fátima e Torres Novas.

Morada: Estrada de Fátima, Bairro, Ourém.

Contactos:

Telefone: 249 530 160.

E-mail: [email protected]

Podem também espreitar o site das Pegadas de Dinossauros.

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2 comentários em “Há pegadas de dinossauros em Portugal

  1. Pedro Menezes Agosto 4, 2021

    As pegas foram descobertas por um grupo de amigos de Torres Novas que foram para aquela zona depois de uma noitada ver o nascer do sol.

    1. Filipa Santos Lopes - Equipa Pumpkin Agosto 5, 2021

      Olá, Pedro, obrigada pela partilha: são variadas as referências sobre os autores da descoberta, mas o mais importante é termos de facto um tesouro como este para visitar em Portugal! 🙂

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