Crie uma caixa de memórias, não um sótão de memórias! - Pumpkin.pt

Crie uma caixa de memórias, não um sótão de memórias!

Alguns pais gostam de guardar todas as lembranças e objetos que pertencem aos filhos, e ao longo dos anos vão acumulando as roupas, sapatos, cadernos escolares, livros, lembranças de viagens, fotos, desenhos ou até simplesmente os riscos e rabiscos. Poucos pais percebem que o excesso de coisas guardadas e a sua possível deterioração, pode diminuir radicalmente o valor emocional que o filho sentirá no futuro.

Afinal, o importante não é a quantidade de coisas guardadas no sótão! O importante é a utilidade que damos às coisas importantes que estão guardadas!

Como fazer isso? Crie uma caixa de memórias para cada filho, com as lembranças que representam os momentos mais importantes da sua vida.

Dicas para começar a criar uma caixa de memórias: 

Visualizar

Imagine que quer fazer uma surpresa ao seu filho no seu 20º aniversário, e vai oferecer-lhe as lembranças mais importantes da sua infância. Como seria essa prenda? Uma caixa grande de cartão com um laço vermelho, onde está a primeira roupa, os sapatos que aprendeu a andar, o peluche favorito. Ou a prenda seria 10 caixas de brinquedos, 15 caixas de roupas, 5 caixas de desenhos e rabiscos, e 10 caixas com todos os livros escolares?

Se escolheu a primeira opção consegue visualizar o rosto de felicidade do seu filho? Uma única caixa, cheia de momentos felizes!

Se escolheu a segunda opção, consegue visualizar o rosto de pânico do seu filho? O que fará com tantas coisas? Como saberá onde estão as suas lembranças favoritas?

Guardar objetos que contam histórias

Guarde objetos que contam histórias e representam momentos que gostaria de um dia contar ou mostrar ao seu filho. Quanto menos guardar, mais especial será a caixa de memórias. Não deve guardar objetos que lembrem momentos tristes, objetos replicados, ou sem qualquer significado. Tal como a Marie Kondo defende “Guarde apenas as coisas que falam ao seu coração”

Definir um limite

O limite pode ser uma caixa, um armário ou um baú. Quando o limite fica definido desde o início, é mais fácil decidir o que vai guardar. Se tem objetos grandes demais, pode optar por tirar uma foto e guardar a foto com uma legenda.  Pode utilizar uma caixa grande e depois utilizar várias caixas pequenas dentro para separar as lembranças escolares, os brinquedos, desenhos, roupas, etc…  Algumas lembranças que não cabem na caixa, podem ser expostas numa estante ou moldura durante algum tempo. Mas não tem que guardar tudo, o seu filho não terá tempo para ver tudo. 

Algumas sugestões do que pode guardar

– A primeira roupa que vestiu

– Os sapatos com que aprendeu a andar

– A última chucha 

– O peluche favorito

– O avental que a avó custurou

– O diário que os pais fizeram durante a gravidez

– O livro que adorava folhear e morder

– A fralda de pano que utilizava para adormecer

– O bilhete da primeira viagem de avião

– O caderno onde escreveu pela primeira vez

Este texto foi escrito por Lígia Nóia, que nos deixou também um vídeo com algumas dicas sobre criar uma caixa de memórias, conceitos apresentados no Programa Grandes Manhãs do Porto Canal:

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